Minha primeira experiência com a Ayahuasca

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Confesso que sempre fui curiosa quando ouvia histórias sobre a ayahuasca. Relatos místicos, transformadores, às vezes assustadores. Mas nada, absolutamente nada, me preparou para o que vivi naquela noite silenciosa sob as estrelas da floresta.

A decisão de participar de um ritual com ayahuasca não foi repentina. Eu vinha sentindo um chamado sutil, como se algo dentro de mim soubesse que era hora de olhar para dentro com mais profundidade. Pesquisei, conversei com pessoas que confiava, e encontrei um grupo sério, conduzido por um facilitador experiente e respeitoso das tradições indígenas.

O início da cerimônia foi simples, quase solene. Sentamos em círculo, cada um com sua própria intenção silenciosa. A bebida foi servida com reverência, e confesso: o gosto é algo que não se esquece. Forte, amargo, terroso. Bebi com respeito e fechei os olhos.

O que veio a seguir não é fácil de traduzir em palavras.

Senti meu corpo pesar e minha mente começar a abrir portas que, até então, eu nem sabia que existiam. Cores, formas, memórias, emoções. Às vezes, era como um mergulho no mais profundo oceano da alma. Em outros momentos, era leve, até divertido. Mas havia também a parte difícil: encarar o que estava escondido, o que eu evitava.

Chorei. Sorri. Lutei e me rendi. E em algum momento, senti que a ayahuasca não era algo externo, mas uma inteligência amorosa que me mostrava, com firmeza e gentileza, o que eu precisava ver. Ela me ensinava a olhar com compaixão para mim mesma.

Ao amanhecer, quando o silêncio voltou a se instalar, algo havia mudado. Nada espetacular aos olhos do mundo, mas dentro de mim — tudo. Era como se eu tivesse voltado para casa depois de muito tempo longe.

A experiência com a ayahuasca não é sobre “ver coisas”. É sobre sentir profundamente. É sobre permitir-se um encontro sincero com o próprio ser. E isso, por si só, já é revolucionário.

Se você sente o chamado, meu conselho é: vá com respeito, com preparo, e com o coração aberto. A jornada é única para cada um. E talvez, assim como eu, você descubra que as respostas que procura não estão lá fora — mas no silêncio sagrado que vive dentro de você.

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